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Em 2019, uma pesquisa da empresa de consultoria Deloitte indicou que 71% dos empresários tinham boas expectativas para o ano de 2020. Em contrapartida, economistas afirmaram que era possível uma desaceleração econômica.

Com a chegada do coronavírus, foi gerado um grande desequilíbrio na cadeia de suprimentos da China, e de seus principais parceiros no mundo e de certo, isso acarretou numa queda de expectativas trazendo diversos impactos para a economia mundial.

“Além das barreiras que os brasileiros já enfrentam na importação e exportação de bens e serviços, com a situação que estamos vivendo, pessoas que trabalham e dependem do comércio exterior podem ter novos empecilhos no caminho”, explica Helmuth Hofstatter, especialista em comércio exterior e fundador da LogComex, startup de big data e inteligência para logística internacional.

Contratempos no setor


Supervalorização do dólar frente ao real pode reduzir volume das exportações. 

Hofstatter expõe algumas das razões pelas quais o ano de 2020 pode ter alguns contratempos no setor. Uma delas é a alta do dólar.

“Embora haja um senso comum a respeito do dólar mais alto no setor de exportação ser algo positivo, a verdade é que o volume das exportações reduz quando o dólar sobe. Ao analisar com mais cautela, é possível observar que muitas empresas dependem da importação de peças ou insumos para concluir a produção de determinados produtos e, com o dólar alto isso gera também aumento de custos para o consumidor final”, explica o especialista.

Segundo ele, com o dólar a um valor elevado, tanto as importações quanto as exportações são prejudicadas. Muitos profissionais da área de economia especulam que a moeda não deve voltar à casa dos R$ 4,00 tão cedo, trazendo preocupação para o segmento de comércio exterior.

Confiabilidade

Nível de desconfiança de investidores estrangeiros em relação a países da América do Sul chega a 85%.

O nível de confiabilidade do exterior nos principais países da América do Sul atualmente é de aproximadamente 56%, porém quando é analisado o nível de desconfiança, esse número dispara para 85%, segundo a mesma pesquisa citada mais cedo.

“Perceba que quanto menor a confiança, menor é o investimento. A consequência disso é menos infraestrutura, produção e qualidade, menos exportação e, então, menos empregos e renda”, analisa Hofstatter.

Essa questão influencia também as formas de pagamento das negociações, pois muitas empresas do exterior aceitam apenas pagamentos de frete e taxas adiantados por conta da grande desconfiança no Brasil. O especialista  destaca que a missão de importadores, exportadores, players do comércio exterior e principalmente do governo é reverter essa situação e mostrar que o Brasil pode ser um grande parceiro de outros países.

China e EUA

Em paralelo às adversidades que o nosso país enfrenta está a relação entre Estados Unidos e China.

Hofstatter alerta que, “com a guerra comercial estabelecida entre os países, apesar de Brasil e EUA possuírem muitos produtos semelhantes, a China constantemente opta por importar insumos do Brasil ao invés dos EUA. Visando uma relação comercial mais saudável, pode ocorrer um acordo entre Xi Jinping e Donald Trump, e então a China passe a optar por comprar produtos americanos. Por enquanto não passa de especulação, mas se acontecer, isso pode significar uma queda na balança comercial brasileira”.

Outra barreira que sempre existiu, segundo ele, é a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada para se relacionar com parceiros no exterior.


Acordo entre Xi Jinping e Donald Trump, pode fazer com que a China compre produtos americanos ao invés de produtos brasileiros. 

“O grande empecilho é o idioma e encontrar funcionários que possuam inglês e até mesmo outros idiomas para negociar internacionalmente. Além disso, as empresas buscam colaboradores que sejam capazes de tomar decisões assertivas, solucionar problemas com agilidade e se preocupar intensamente com a qualidade do serviço prestado ao cliente”, explica.

Hofstatter lembra que mesmo que a quarentena na China esteja chegando ao fim, muitas indústrias brasileiras foram afetadas pela falta de material, linhas de produção pararam por falta de insumos importados do país.

“Por esse motivo é essencial que o Brasil busque diversificação de mercado para suprir sua demanda para produção, e reduzir riscos na dependência por determinado país”, afirma, e conclui:

“O desafio dos internacionalistas é desenvolver parcerias e fornecedores com outros países que possam suprir essa necessidade do mercado brasileiro”

Por LogComex

Fonte: A Lavoura

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Principais Barreiras da Exportação no Brasil por Conta da Covid-19

Em 2019, uma pesquisa da empresa de consultoria Deloitte indicou que 71% dos empresários tinham boas expectativas para o ano de 2020. Em contrapartida, economistas afirmaram que era possível uma desaceleração econômica.

Com a chegada do coronavírus, foi gerado um grande desequilíbrio na cadeia de suprimentos da China, e de seus principais parceiros no mundo e de certo, isso acarretou numa queda de expectativas trazendo diversos impactos para a economia mundial.

“Além das barreiras que os brasileiros já enfrentam na importação e exportação de bens e serviços, com a situação que estamos vivendo, pessoas que trabalham e dependem do comércio exterior podem ter novos empecilhos no caminho”, explica Helmuth Hofstatter, especialista em comércio exterior e fundador da LogComex, startup de big data e inteligência para logística internacional.

Contratempos no setor


Supervalorização do dólar frente ao real pode reduzir volume das exportações. 

Hofstatter expõe algumas das razões pelas quais o ano de 2020 pode ter alguns contratempos no setor. Uma delas é a alta do dólar.

“Embora haja um senso comum a respeito do dólar mais alto no setor de exportação ser algo positivo, a verdade é que o volume das exportações reduz quando o dólar sobe. Ao analisar com mais cautela, é possível observar que muitas empresas dependem da importação de peças ou insumos para concluir a produção de determinados produtos e, com o dólar alto isso gera também aumento de custos para o consumidor final”, explica o especialista.

Segundo ele, com o dólar a um valor elevado, tanto as importações quanto as exportações são prejudicadas. Muitos profissionais da área de economia especulam que a moeda não deve voltar à casa dos R$ 4,00 tão cedo, trazendo preocupação para o segmento de comércio exterior.

Confiabilidade

Nível de desconfiança de investidores estrangeiros em relação a países da América do Sul chega a 85%.

O nível de confiabilidade do exterior nos principais países da América do Sul atualmente é de aproximadamente 56%, porém quando é analisado o nível de desconfiança, esse número dispara para 85%, segundo a mesma pesquisa citada mais cedo.

“Perceba que quanto menor a confiança, menor é o investimento. A consequência disso é menos infraestrutura, produção e qualidade, menos exportação e, então, menos empregos e renda”, analisa Hofstatter.

Essa questão influencia também as formas de pagamento das negociações, pois muitas empresas do exterior aceitam apenas pagamentos de frete e taxas adiantados por conta da grande desconfiança no Brasil. O especialista  destaca que a missão de importadores, exportadores, players do comércio exterior e principalmente do governo é reverter essa situação e mostrar que o Brasil pode ser um grande parceiro de outros países.

China e EUA

Em paralelo às adversidades que o nosso país enfrenta está a relação entre Estados Unidos e China.

Hofstatter alerta que, “com a guerra comercial estabelecida entre os países, apesar de Brasil e EUA possuírem muitos produtos semelhantes, a China constantemente opta por importar insumos do Brasil ao invés dos EUA. Visando uma relação comercial mais saudável, pode ocorrer um acordo entre Xi Jinping e Donald Trump, e então a China passe a optar por comprar produtos americanos. Por enquanto não passa de especulação, mas se acontecer, isso pode significar uma queda na balança comercial brasileira”.

Outra barreira que sempre existiu, segundo ele, é a dificuldade em encontrar mão de obra qualificada para se relacionar com parceiros no exterior.


Acordo entre Xi Jinping e Donald Trump, pode fazer com que a China compre produtos americanos ao invés de produtos brasileiros. 

“O grande empecilho é o idioma e encontrar funcionários que possuam inglês e até mesmo outros idiomas para negociar internacionalmente. Além disso, as empresas buscam colaboradores que sejam capazes de tomar decisões assertivas, solucionar problemas com agilidade e se preocupar intensamente com a qualidade do serviço prestado ao cliente”, explica.

Hofstatter lembra que mesmo que a quarentena na China esteja chegando ao fim, muitas indústrias brasileiras foram afetadas pela falta de material, linhas de produção pararam por falta de insumos importados do país.

“Por esse motivo é essencial que o Brasil busque diversificação de mercado para suprir sua demanda para produção, e reduzir riscos na dependência por determinado país”, afirma, e conclui:

“O desafio dos internacionalistas é desenvolver parcerias e fornecedores com outros países que possam suprir essa necessidade do mercado brasileiro”

Por LogComex

Fonte: A Lavoura

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