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O coronavírus pode muita coisa, mas não pode tudo. Para o secreto desapontamento de muita gente, a epidemia teve até agora um impacto de quase zero no setor mais dinâmico, mais produtivo e mais estratégico da economia brasileira: a agricultura, em primeiro lugar, e a pecuária, logo em seguida.

A safra total de 2020 vai passar das 240 milhões de toneladas, um recorde histórico absoluto. Só a soja deve ficar acima da metade disso tudo, com produção entre 120 e 125 milhões de toneladas. Não salva o Brasil, pelo andar da carruagem, da recessão forçada que um bando de autoridades locais, como uma orquestra sem maestro, impôs à economia, sobretudo em São Paulo – ao promoverem uma inédita repressão ao exercício da atividade econômica privada e pública. Mas ajuda, imensamente, o país a não naufragar como muita gente gostaria. Não vai faltar comida. E vai sobrar alimento para exportar pelo mundo afora e garantir bilhões de dólares decisivos para a sobrevivência cambial do país.

A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, fez, a esse respeito, um vídeo profissional, sereno e sem provocar nenhum arranhão nas sensibilidades políticas de ninguém – sim, porque dar notícias baseadas em fatos positivos virou um insulto “à responsabilidade”, à saúde pública e mesmo “à vida”; é preciso dizer tudo com extremo cuidado. Na sua gravação, informou ao público que o coronavírus não teve influência nas regiões onde se concentra a produção de alimentos.

Não há problemas de contágio, não que possam se comparar com as áreas mais afetadas, e nem de comprometimento à produção. Mais uma vez, o agronegócio salva o Brasil, como vem acontecendo já há muitos anos.

Naturalmente, como lembrou a ministra, as 240 milhões de toneladas da safra de 2020 precisam ser transportadas, armazenadas e processadas pela indústria de alimentos – uma cadeia realmente gigantesca, que envolve do mais modesto posto de gasolina de beira de estrada ao arsenal de computadores, máquinas de última geração e todo o complexo tecnológico envolvido na comercialização e industrialização do que foi produzido no campo. A desordem criada aí vai atrapalhar – mas tende a ir caindo cada vez mais entre abril e maio.

O campo brasileiro ganhou do vírus.

Por J. R. Guzzo

Fonte: Revista Oeste

A Foraster Agrointeligência possui quatro pilares de consultoria para seu negócio Agro - Jurídico, Gestão, Inovação e Tecnologia -
Acesse: Foraster.com.br

Campo x Vírus

O coronavírus pode muita coisa, mas não pode tudo. Para o secreto desapontamento de muita gente, a epidemia teve até agora um impacto de quase zero no setor mais dinâmico, mais produtivo e mais estratégico da economia brasileira: a agricultura, em primeiro lugar, e a pecuária, logo em seguida.

A safra total de 2020 vai passar das 240 milhões de toneladas, um recorde histórico absoluto. Só a soja deve ficar acima da metade disso tudo, com produção entre 120 e 125 milhões de toneladas. Não salva o Brasil, pelo andar da carruagem, da recessão forçada que um bando de autoridades locais, como uma orquestra sem maestro, impôs à economia, sobretudo em São Paulo – ao promoverem uma inédita repressão ao exercício da atividade econômica privada e pública. Mas ajuda, imensamente, o país a não naufragar como muita gente gostaria. Não vai faltar comida. E vai sobrar alimento para exportar pelo mundo afora e garantir bilhões de dólares decisivos para a sobrevivência cambial do país.

A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, fez, a esse respeito, um vídeo profissional, sereno e sem provocar nenhum arranhão nas sensibilidades políticas de ninguém – sim, porque dar notícias baseadas em fatos positivos virou um insulto “à responsabilidade”, à saúde pública e mesmo “à vida”; é preciso dizer tudo com extremo cuidado. Na sua gravação, informou ao público que o coronavírus não teve influência nas regiões onde se concentra a produção de alimentos.

Não há problemas de contágio, não que possam se comparar com as áreas mais afetadas, e nem de comprometimento à produção. Mais uma vez, o agronegócio salva o Brasil, como vem acontecendo já há muitos anos.

Naturalmente, como lembrou a ministra, as 240 milhões de toneladas da safra de 2020 precisam ser transportadas, armazenadas e processadas pela indústria de alimentos – uma cadeia realmente gigantesca, que envolve do mais modesto posto de gasolina de beira de estrada ao arsenal de computadores, máquinas de última geração e todo o complexo tecnológico envolvido na comercialização e industrialização do que foi produzido no campo. A desordem criada aí vai atrapalhar – mas tende a ir caindo cada vez mais entre abril e maio.

O campo brasileiro ganhou do vírus.

Por J. R. Guzzo

Fonte: Revista Oeste

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