Notícias

Lançado na B3 o FIDC Agro Paraná, criado pelo Estado para financiar produtor rural. É o primeiro fundo do gênero no país; em uma primeira fase, expectativa é levantar R$ 2 bilhões em recursos públicos e privados.

O governo paranaense lançou oficialmente nesta quinta-feira, na sede da B3 em São Paulo, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro (FIDC Agro Paraná), primeiro instrumento de crédito do gênero criado por um Estado no país. A ideia é reunir no novo fundo recursos públicos e privados para financiar investimentos de produtores rurais na aquisição de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e logística, embora operações de custeio agrícola também possam ser apoiadas.

No modelo de “blended finance” proposto, a Fomento Paraná, instituição financeira controlada pelo Estado do Paraná que tem por objetivo impulsionar a modernização e a ampliação das atividades de pequenas e médias empresas e micro e pequenos empreendedores, participou com um aporte inicial de R$ 150 milhões, e já conta com outros R$ 200 milhões para futuras injeções. Com os recursos privados que deverão ser captados, a previsão é alavancar cerca de R$ 2 bilhões no total. O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do país, atrás apenas de Mato Grosso.

Esses recursos privados virão sobretudo de Cédulas de Produto Rural (CPR) financeiras emitidas pelos produtores, explicou ao NPagro Fernando Gallacci, sócio-fundador da área de Infraestrutura, Regulatório e Negócios Governamentais do SouzaOkawa Advogados, que assessorou a criação do FIDC Agro Paraná. A gestão do fundo está a cargo da Suno Asset, escolhida por meio de chamada pública da Fomento Paraná.

No evento de lançamento desta quinta-feira, o presidente da instituição paranaense, Claudio Stabile, afirmou que, num primeiro momento, o foco estará concentrado em cooperativas e empresas integradoras paranaenses, que contam com uma estrutura administrativa e financeiras mais robusta. O acesso aos recursos pelos produtores rurais cooperados e integrados será definido em uma segunda etapa, segundo a Fomento Paraná.

“Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná, tanto é que já temos quatro cooperativas que estão preparando os seus fundos, além da sinalização de outros segmentos do setor que já demonstraram interesse em aderir”, afirmou o governador do Estado, Ratinho Junior, no evento da B3. Quando o projeto estiver consolidado, estima-se que o fundo poderá contar com R$ 14 bilhões em recursos públicos e privados.

Em tempos de juros elevados no país, observou Gallacci, do SouzaOkawa, o acesso dos produtores rurais aos recursos do fundo, que terá dez anos de vida, se dará com taxas mais baixas, da ordem de 9% ao ano. A expectativa é que no próximo Plano Safra (2025/25), que entrará em vigor em julho, os juros sejam elevados e superem esse patamar, para reduzir a necessidade de recursos do Tesouro Nacional em equalização. “O novo fundo é um complemento ao Plano Safra, e poderá acelerar a modernização da estrutura do agro. É um golaço”, disse o advogado. Segundo ele, outros Estados do país estão estudando seguir o caminho paranaense, mas ainda de forma embrionária.

Original de NPagro

Jurídico, Gestão, Inovação e Tecnologia são os quatro pilares de consultoria e assessoria no Agronegócio da Foraster Agrointeligência.

Contato@foraster.com.br

Foraster.com.br

FIDC Agro Paraná é Criado pelo Estado Para Financiar o Produtor Rural

Lançado na B3 o FIDC Agro Paraná, criado pelo Estado para financiar produtor rural. É o primeiro fundo do gênero no país; em uma primeira fase, expectativa é levantar R$ 2 bilhões em recursos públicos e privados.

O governo paranaense lançou oficialmente nesta quinta-feira, na sede da B3 em São Paulo, o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro (FIDC Agro Paraná), primeiro instrumento de crédito do gênero criado por um Estado no país. A ideia é reunir no novo fundo recursos públicos e privados para financiar investimentos de produtores rurais na aquisição de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e logística, embora operações de custeio agrícola também possam ser apoiadas.

No modelo de “blended finance” proposto, a Fomento Paraná, instituição financeira controlada pelo Estado do Paraná que tem por objetivo impulsionar a modernização e a ampliação das atividades de pequenas e médias empresas e micro e pequenos empreendedores, participou com um aporte inicial de R$ 150 milhões, e já conta com outros R$ 200 milhões para futuras injeções. Com os recursos privados que deverão ser captados, a previsão é alavancar cerca de R$ 2 bilhões no total. O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do país, atrás apenas de Mato Grosso.

Esses recursos privados virão sobretudo de Cédulas de Produto Rural (CPR) financeiras emitidas pelos produtores, explicou ao NPagro Fernando Gallacci, sócio-fundador da área de Infraestrutura, Regulatório e Negócios Governamentais do SouzaOkawa Advogados, que assessorou a criação do FIDC Agro Paraná. A gestão do fundo está a cargo da Suno Asset, escolhida por meio de chamada pública da Fomento Paraná.

No evento de lançamento desta quinta-feira, o presidente da instituição paranaense, Claudio Stabile, afirmou que, num primeiro momento, o foco estará concentrado em cooperativas e empresas integradoras paranaenses, que contam com uma estrutura administrativa e financeiras mais robusta. O acesso aos recursos pelos produtores rurais cooperados e integrados será definido em uma segunda etapa, segundo a Fomento Paraná.

“Com a ampliação da oferta de crédito, queremos estimular os investimentos em áreas que são a vocação do Paraná, tanto é que já temos quatro cooperativas que estão preparando os seus fundos, além da sinalização de outros segmentos do setor que já demonstraram interesse em aderir”, afirmou o governador do Estado, Ratinho Junior, no evento da B3. Quando o projeto estiver consolidado, estima-se que o fundo poderá contar com R$ 14 bilhões em recursos públicos e privados.

Em tempos de juros elevados no país, observou Gallacci, do SouzaOkawa, o acesso dos produtores rurais aos recursos do fundo, que terá dez anos de vida, se dará com taxas mais baixas, da ordem de 9% ao ano. A expectativa é que no próximo Plano Safra (2025/25), que entrará em vigor em julho, os juros sejam elevados e superem esse patamar, para reduzir a necessidade de recursos do Tesouro Nacional em equalização. “O novo fundo é um complemento ao Plano Safra, e poderá acelerar a modernização da estrutura do agro. É um golaço”, disse o advogado. Segundo ele, outros Estados do país estão estudando seguir o caminho paranaense, mas ainda de forma embrionária.

Original de NPagro

Jurídico, Gestão, Inovação e Tecnologia são os quatro pilares de consultoria e assessoria no Agronegócio da Foraster Agrointeligência.

Contato@foraster.com.br

Foraster.com.br