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Acordos entre os dois países preveem cooperação bilateral no setor de bioenergia, em especial para o etanol da cana-de-açúcar, parceria para pesquisa técnica na produção animal, e abertura do mercado indiano ao gergelim produzido no Brasil.

Brasil e Índia divulgaram comunicado conjunto, disponibilizado pelo Itamaraty,  com 48 pontos, seis na área de agricultura, pecuária e processamento de alimentos, após a missão do Brasil no país asiático em busca de acordos comerciais e estratégicos, entre os dias 22 e 27 de janeiro.

A comitiva contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e representantes do agronegócio brasileiro, entre eles, o diretor de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gedeão Pereira.

Pereira afirmou que em dez anos o Brasil será um grande fornecedor de alimentos para a Índia. “Hoje a população da Índia ultrapassa 1,3 bilhão de pessoas e em pouco tempo será a maior do mundo. No médio e longo prazo, ela terá de importar alimento de outros países, uma vez que o campo não está preparado para atender esse consumo interno crescente”.

Em 2019, o Brasil exportou US$ 841 milhões em produtos agropecuários para a Índia. Óleo de soja, açúcar de cana e algodão foram os destaques nas vendas e representaram cerca de 70% da pauta exportadora do agro brasileiro ao país. Durante a visita oficial, os governos indiano e brasileiro se comprometeram a dobrar intercambio comercial entre os dois países até 2022, de US$ 7 bilhões para cerca de US$ 15 bilhões.



Pecuária

O Brasil e a Índia deverão desenvolver projetos em parceria para pesquisa e produção animal. Uma declaração conjunta assinada pelos dois governos foi celebrada durante a visita oficial do presidente da República Jair Bolsonaro ao país asiático.

Segundo nota do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a declaração “prevê cooperação em sanidade animal (comércio de animais, material genético e produtos de origem animal), que envolve pecuária e pesca; capacitação técnica (assistência técnica, cursos e estágios e transferência de tecnologia em reprodução animal) e pesquisa em genômica bovina e intercâmbio mútuo de germoplasma (material genético)”.

Há expectativa ainda de que o Brasil coopere na instalação de um centro de excelência em pecuária leiteira na Índia.


Acordo prevê transferência de tecnologia em reprodução animal e pesquisa em genômica bovina.

Etanol

Os dois lados reconheceram a importância da cooperação bilateral no setor de bioenergia para alcançar seus objetivos econômicos, energéticos e ambientais. Nesse sentido, registraram o grande potencial para aumento da produção de etanol e sua adoção na matriz de combustíveis indiana

“O etanol, essa tecnologia nossa, vindo para cá, acaba nos favorecendo também porque daí se produz menos açúcar aqui e ajuda a equilibrar o mercado”, afirmou Bolsonaro, que também cogitou a possibilidade de fabricação de carros flex na Índia por meio de empresas brasileiras.

O diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão, participou de um fórum com empresários indianos onde mostrou, com base na experiência brasileira, como construir uma matriz energética limpa. Leão focou na participação do etanol para a melhoria do ar de grandes cidades e redução das emissões de gases de efeito estufa. O diretor executivo da UNICA também falou sobre as mudanças que acontecerão quando a Índia alcançar, com ajuda do Brasil, 10% de mistura de etanol à gasolina, em 2022.

“A migração do destino da cana de açúcar para etanol, na Índia, exige adaptações e investimentos. É aí que o setor produtivo brasileiro entra compartilhando os aprendizados desses mais de 40 anos de história do etanol no país. Popularizar o biocombustível em um grande mercado como a Índia contribui para a consolidação dessa fonte de energia renovável em escala global”, concluiu.


Durante a missão se discutiu o potencial da produção de etanol e sua adoção na matriz de combustíveis indiana.

Gergelim e outros produtos

O Brasil também vai exportar gergelim para o mercado indiano e passará a importar sementes de milho. “Estamos abrindo para a Índia as exportações de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Isso será muito importante para o começo da cooperação entre os nossos governos”, explicou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Segundo o acordo divulgado pelo Itamaraty “ambas as partes concordaram em prosseguir entendimentos com vistas ao pronto acesso a mercado para abacate, cítricos e madeira de ipê, provenientes do Brasil, e milheto, sorgo, canola e algodão, da Índia”.

Por A Lavoura

Fonte: A Lavoura

A Foraster Agrointeligência possui quatro pilares de consultoria para o Agronegócio - Jurídico, Gestão, Inovação e Tecnologia -
www.foraster.com.br

Destaques para o Agronegócio da Missão Brasileira na Índia

Acordos entre os dois países preveem cooperação bilateral no setor de bioenergia, em especial para o etanol da cana-de-açúcar, parceria para pesquisa técnica na produção animal, e abertura do mercado indiano ao gergelim produzido no Brasil.

Brasil e Índia divulgaram comunicado conjunto, disponibilizado pelo Itamaraty,  com 48 pontos, seis na área de agricultura, pecuária e processamento de alimentos, após a missão do Brasil no país asiático em busca de acordos comerciais e estratégicos, entre os dias 22 e 27 de janeiro.

A comitiva contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e representantes do agronegócio brasileiro, entre eles, o diretor de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Gedeão Pereira.

Pereira afirmou que em dez anos o Brasil será um grande fornecedor de alimentos para a Índia. “Hoje a população da Índia ultrapassa 1,3 bilhão de pessoas e em pouco tempo será a maior do mundo. No médio e longo prazo, ela terá de importar alimento de outros países, uma vez que o campo não está preparado para atender esse consumo interno crescente”.

Em 2019, o Brasil exportou US$ 841 milhões em produtos agropecuários para a Índia. Óleo de soja, açúcar de cana e algodão foram os destaques nas vendas e representaram cerca de 70% da pauta exportadora do agro brasileiro ao país. Durante a visita oficial, os governos indiano e brasileiro se comprometeram a dobrar intercambio comercial entre os dois países até 2022, de US$ 7 bilhões para cerca de US$ 15 bilhões.



Pecuária

O Brasil e a Índia deverão desenvolver projetos em parceria para pesquisa e produção animal. Uma declaração conjunta assinada pelos dois governos foi celebrada durante a visita oficial do presidente da República Jair Bolsonaro ao país asiático.

Segundo nota do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a declaração “prevê cooperação em sanidade animal (comércio de animais, material genético e produtos de origem animal), que envolve pecuária e pesca; capacitação técnica (assistência técnica, cursos e estágios e transferência de tecnologia em reprodução animal) e pesquisa em genômica bovina e intercâmbio mútuo de germoplasma (material genético)”.

Há expectativa ainda de que o Brasil coopere na instalação de um centro de excelência em pecuária leiteira na Índia.


Acordo prevê transferência de tecnologia em reprodução animal e pesquisa em genômica bovina.

Etanol

Os dois lados reconheceram a importância da cooperação bilateral no setor de bioenergia para alcançar seus objetivos econômicos, energéticos e ambientais. Nesse sentido, registraram o grande potencial para aumento da produção de etanol e sua adoção na matriz de combustíveis indiana

“O etanol, essa tecnologia nossa, vindo para cá, acaba nos favorecendo também porque daí se produz menos açúcar aqui e ajuda a equilibrar o mercado”, afirmou Bolsonaro, que também cogitou a possibilidade de fabricação de carros flex na Índia por meio de empresas brasileiras.

O diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão, participou de um fórum com empresários indianos onde mostrou, com base na experiência brasileira, como construir uma matriz energética limpa. Leão focou na participação do etanol para a melhoria do ar de grandes cidades e redução das emissões de gases de efeito estufa. O diretor executivo da UNICA também falou sobre as mudanças que acontecerão quando a Índia alcançar, com ajuda do Brasil, 10% de mistura de etanol à gasolina, em 2022.

“A migração do destino da cana de açúcar para etanol, na Índia, exige adaptações e investimentos. É aí que o setor produtivo brasileiro entra compartilhando os aprendizados desses mais de 40 anos de história do etanol no país. Popularizar o biocombustível em um grande mercado como a Índia contribui para a consolidação dessa fonte de energia renovável em escala global”, concluiu.


Durante a missão se discutiu o potencial da produção de etanol e sua adoção na matriz de combustíveis indiana.

Gergelim e outros produtos

O Brasil também vai exportar gergelim para o mercado indiano e passará a importar sementes de milho. “Estamos abrindo para a Índia as exportações de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Isso será muito importante para o começo da cooperação entre os nossos governos”, explicou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Segundo o acordo divulgado pelo Itamaraty “ambas as partes concordaram em prosseguir entendimentos com vistas ao pronto acesso a mercado para abacate, cítricos e madeira de ipê, provenientes do Brasil, e milheto, sorgo, canola e algodão, da Índia”.

Por A Lavoura

Fonte: A Lavoura

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