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10 de June de 2019Expectativa é converter até 40 milhões de hectares e dobrar a área brasileira de produção de alimentos sem desmatamento.
A Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic, na sigla em inglês), um fundo soberano da Arábia Saudita, confirmou neste domingo (30/7) o interesse em participar de um projeto desenvolvido pelo Ministério da Agricultura brasileiro, que prevê a recuperação e conversão de até 40 milhões de hectares de pastagens no país sul-americano.
O anúncio foi feito pela pasta, após encontro do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, com o CEO em exercício da Salic, Mohammed bin Mansour Al-Mousa, em Riad, na Arábia Saudita, no primeiro dia de uma missão do governo federal ao país árabe.
Fávaro também se reuniu com o ministro árabe de Meio Ambiente, Água e Agricultura, Abdulrahman Abdulmohsen A. AlFadley.
Outras empresas do setor privado da Arábia Saudita também devem ingressar na iniciativa de recuperação de pastagens
Durante o encontro, os ministros ressaltaram os aspectos de complementaridade entre Brasil e Arábia Saudita para a formação de um grupo de trabalho visando a estruturação e implementação de parceria conjunta no setor agropecuário e de insumos agrícolas.
Segundo o comunicado da pasta brasileira, o ministro saudita informou que irá atuar no sentido de pavimentar o caminho para que, além do Salic, outras empresas do setor privado do país ingressem na iniciativa de recuperação de pastagens.
A expectativa do governo brasileiro é que o programa praticamente dobre a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, contribuindo para a segurança alimentar do planeta e o controle das mudanças climáticas, com a redução da emissão de carbono.
Além de integrar o grupo de trabalho governamental acordado com o ministério árabe para estruturação da parceria no programa de recuperação de pastagens, o Salic irá criar e coordenar um segundo grupo para dar continuidade às tratativas no âmbito privado, identificando empresas sauditas interessadas na proposta.
"Outras parcerias podem ser firmadas no comércio de grãos e insumos agrícolas, inseridas na recuperação de pastagens de baixa produtividade", acrescentou o ministério brasileiro.
Original de Globo Rural
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